Newsweek Magazine. Edição: 05 de Julho, 2004. Página 53.
Um Império em Negação
A América é forte, mas, sem vontade de comandar o mundo.
O Jornalismo, um sábio editor disse uma vez, é o primeiro rascunho da história. Nesses dias, com toda a velocidade dos meios de comunicação, os historiadores estão às vezes sendo os primeiros a entregar os rascunhos. Niall Ferguson é um desses estudiosos totalmente modernos. Ele tem reuniões da universidade nos dois lados do Atlântico – Universidade de Nova Iorque, e Universidade de Oxford. Seus insights provocativos o tornam procurado por agentes de talk-shows e conferencistas de alto nível.
Como um exemplo da história atual, o novo livro revelador de Ferguson, “Colosso: A Ascensão e Queda do Império Americano”[1] (400 páginas, Allen Lane), não poderia ser mais oportuno. Um exame do passado e presente do Imperialismo Americano, o livro aterrisa no meio das escandalosas acusações à guarda americana na prisão de Abu Ghraib e a entrega de poder no Iraque. “Colosso” é a sequência para outro aclamado livro de Ferguson, “Império: Como a Grã-Bretanha Fez o Mundo Moderno.” Ferguson acredita em Impérios liberais que promovem igualdade e livre comércio. E ele acredita que seria bom para o mundo se os Estados Unidos ocupassem o vácuo deixado pela queda do Império Britânico. Mas, ele tem dúvidas se a América está disposta ao trabalho.
O problema da América, diz Ferguson, é que é um império em negação. Ele possui a força, mas, não a vontade de um império adequado. Ele possui 752 instalações militares em mais de 130 países e conta com aproximadamente um terço da economia mundial. Mas a América é também relativamente uma jovem nação de imigrantes com vários assuntos domésticos não resolvidos.
Ferguson delimita muito bem as diferenças entre Grã-Bretanha e América no que diz respeito a apetite por império. O império da América é um “sem colonizadores” ou “administradores”. Não há classes de cidadãos demonstrando espírito imperial como os Britânicos, que emigraram em grande número para suas colônias, estabelecendo não somente instituições mas suas próprias vidas. Em Oxford e Cambridge um século atrás, diz Ferguson, “estudantes ambiciosos sonhavam em passar nos exames do Serviço Civil Indiano e embarcar em carreiras como pró-consuls do Império.
As autópsias de Ferguson das “piores falhas” do recente imperialismo Americano – Haiti, Cuba e Vietnã – mostram somente como as políticas dos EUA podem sair como um tiro pela culatra. Sua conclusão nesse atrativo livro dificilmente não seria desoladora: “Os Estados Unidos adquiriram um império, mas os próprios americanos não tem a mente voltada para o imperalismo. Eles preferem consumir a conquistar. Eles preferem construir centros comerciais do que nações.” Como resultado, as aventuras imperialistas americanas tendem a ir com alarmante entusiasmo de ardente para ausente – um ciclo não tão incomum para qualquer um que siga as notícias vindas do Iraque. Seria uma “tragédia” se, no final, a história se repetisse no Iraque, diz Ferguson. “Mas não uma surpresa.”
Um Império em Negação
A América é forte, mas, sem vontade de comandar o mundo.
O Jornalismo, um sábio editor disse uma vez, é o primeiro rascunho da história. Nesses dias, com toda a velocidade dos meios de comunicação, os historiadores estão às vezes sendo os primeiros a entregar os rascunhos. Niall Ferguson é um desses estudiosos totalmente modernos. Ele tem reuniões da universidade nos dois lados do Atlântico – Universidade de Nova Iorque, e Universidade de Oxford. Seus insights provocativos o tornam procurado por agentes de talk-shows e conferencistas de alto nível.
Como um exemplo da história atual, o novo livro revelador de Ferguson, “Colosso: A Ascensão e Queda do Império Americano”[1] (400 páginas, Allen Lane), não poderia ser mais oportuno. Um exame do passado e presente do Imperialismo Americano, o livro aterrisa no meio das escandalosas acusações à guarda americana na prisão de Abu Ghraib e a entrega de poder no Iraque. “Colosso” é a sequência para outro aclamado livro de Ferguson, “Império: Como a Grã-Bretanha Fez o Mundo Moderno.” Ferguson acredita em Impérios liberais que promovem igualdade e livre comércio. E ele acredita que seria bom para o mundo se os Estados Unidos ocupassem o vácuo deixado pela queda do Império Britânico. Mas, ele tem dúvidas se a América está disposta ao trabalho.
O problema da América, diz Ferguson, é que é um império em negação. Ele possui a força, mas, não a vontade de um império adequado. Ele possui 752 instalações militares em mais de 130 países e conta com aproximadamente um terço da economia mundial. Mas a América é também relativamente uma jovem nação de imigrantes com vários assuntos domésticos não resolvidos.
Ferguson delimita muito bem as diferenças entre Grã-Bretanha e América no que diz respeito a apetite por império. O império da América é um “sem colonizadores” ou “administradores”. Não há classes de cidadãos demonstrando espírito imperial como os Britânicos, que emigraram em grande número para suas colônias, estabelecendo não somente instituições mas suas próprias vidas. Em Oxford e Cambridge um século atrás, diz Ferguson, “estudantes ambiciosos sonhavam em passar nos exames do Serviço Civil Indiano e embarcar em carreiras como pró-consuls do Império.
As autópsias de Ferguson das “piores falhas” do recente imperialismo Americano – Haiti, Cuba e Vietnã – mostram somente como as políticas dos EUA podem sair como um tiro pela culatra. Sua conclusão nesse atrativo livro dificilmente não seria desoladora: “Os Estados Unidos adquiriram um império, mas os próprios americanos não tem a mente voltada para o imperalismo. Eles preferem consumir a conquistar. Eles preferem construir centros comerciais do que nações.” Como resultado, as aventuras imperialistas americanas tendem a ir com alarmante entusiasmo de ardente para ausente – um ciclo não tão incomum para qualquer um que siga as notícias vindas do Iraque. Seria uma “tragédia” se, no final, a história se repetisse no Iraque, diz Ferguson. “Mas não uma surpresa.”
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