sexta-feira, 31 de julho de 2009

Los Angeles dá nomes às 10 maiores gangues

Na semana passada a cidade tomou uma direção diferente para atingir o seu objetivo de reduzir a violência de gangues através da identificação das gangues por nome e as colocando numa lista das 10 mais violentas. Essa é uma mudança radical feita pela cidade e é incomum porque as maiores agências de cumprimento da lei seguem seu caminho e NÃO identificam gangues específicas em suas investigações a não ser que absolutamente necessário. Agora temos o primeiro anúncio das 10 maiores gangues da cidade de Los Angeles e de acordo com o Prefeito Villaraigosa é a hora de tentar algo diferente.

Existem várias razões que justificam a noção de que dar nomes às gangues pode ter um efeito contrário na polícia, na comunidade e na juventude desses bairros, mas algumas das razões porque se deveria evitar dar nomes às gangues como alvo são, 1) você dá legitimidade à existência da gangue e dá um senso de orgulho aos membros. Ser oficialmente reconhecida pelo governo publicamente pode aumentar a escala das atividades normais da gangue e dá a eles uma razão a mais para arruaça e para as gangues que não estão entre as top buscar seu caminho de estar à altura das 10 mais, 2) você cria um relacionamento de “nós contra eles” que mais à frente irá fortalecer o vínculo entre os membros tornando eles um grupo mais forte e mais coesivo. O Professor Malcom Klein enfatizou este ponto por vários anos enquanto falou a agentes de segurança pública da cidade que estão bem cientes dessa possibilidade, 3) você avisa à gangue em relação a uma ação de ataque de derrubada que os espera, ao invés de somente uma tática de supressão, permitindo que eles se preparem para o pior, 4) membros de gangues que não chegaram às 10 mais podem se sentir obrigados a agir mais violentamente para que eles possam ser reconhecidos. Esse reconhecimento carrega muito peso e pode ajudar a atrair novos membros jovens e impressionáveis, 5) e o mais importante, pode servir como uma ferramenta de recrutamento para as gangues que foram identificadas, como o que aconteceu em 1972, o assassinato de Robert Ballou que estimulou mais jovens a se juntar aos Crips quando souberam que foram eles os responsáveis pelo assassinato. A identificação por nomes das gangues por oficiais da cidade pode instigar jovens em risco que estão no começo da membresia de uma gangue a se juntar à uma gangue vizinha, especialmente se eles acreditam que seu bairro é um dos top. Dá aos jovens a sensação de poder. Isso é principalmente perigoso quando as gangues que estão no topo não são na verdade as mais ativas ou violentas da comunidade, oferecendo a essas gangues um aumento no recrutamento.

Apesar de que vários pensem que essa tática também funciona como uma forma de deter esses jovens em risco na comunidade, somente os pais podem fazer essa tarefa, e com milhares de jovens vindos de famílias despedaçadas e próximos a se tornarem membros de gangues, a cidade talvez somente ajudou em tornar as gangues mais populares na comunidade entre a juventude vulnerável e ingênua. Acredito que o Prefeito Villaraigosa e o Chefe Bratton estão tentando fazer a coisa certa no combate às gangues, mas, esse estilo de supressão provavelmente falhará em resolver qualquer problema de gangues a longo prazo que a cidade enfrenta.

Quando a lista foi publicada na semana passada, havia uma combinação do que eu chamo de gangues barra pesada e gangues de um nível inferior na mesma lista. Eu esperava ver uma lista de “pior do pior”, mas essa lista não reflete isso. Ao contrário, parece um esforço para incluir gangues de todos os quatro escritórios da LAPD (Departamento de Polícia de Los Angeles), incluindo a região do vale, uma área que tradicionalmente tem gangues menos violentas e ativas do que nas porções sul e central da cidade.

Além disso, a identificação de uma gangue como mais violenta do que a próxima gangue, um termo que a cidade de Los Angeles está usando, pode ser um pouco enganoso e deve ser usado dentro de um contexto. Existem três variáveis significantes que tornam uma gangue mais forte e mais violenta que outra; 1) gangues que estão geograficamente localizadas em um bairro com alto índice de pobreza em comunidades socialmente desorganizadas estarão propensas à violência, devido à escassez de recursos disponíveis para eles. Uma maneira mais descritiva de explicar essas gangues é caracterizar os bairros como áreas com extrema concentração de pobreza, com uma série de outros problemas sociais, 2) o tamanho geográfico do território de uma gangue é estabelecido durante o início de sua formação e terá impacto no nível de pobreza a que a gangue é exposta além de contribuir para o seu tamanho em membros, 3) e a densidade da população daquele território tem uma conseqüência direta no tamanho e força da gangue no sentido de que teria uma maior população para recrutar e dessa forma, aumentando a gangue. Mencionei esses pontos porque o comportamento dos membros de gangues distintas são praticamente os mesmos, mas a gangue como um todo que é diferente, então se uma gangue tem 400 membros e a outra tem 100 membros, podemos esperar que a gangue com 400 membros seja 4 vezes mais ativa do que a gangue com 100 membros, então olharemos para a gangue com 400 membros como a mais violenta somente porque é maior. Ao invés de focar em gangues, deveríamos ser mais inteligentes e focar nos 100 principais membros de gangues que exibem patologia de tendências violentas, mas não a gangue.

Eu normalmente não publicaria uma lista minha das 10 maiores gangues, mas com a direção desafiadora da cidade em fazer a sua lista eu tenho que justificar minha crítica da lista deles oferecendo uma lista minha e ao fazer isso, espero educar aqueles em Los Angeles onde a matança das gangues prevalece e onde a pobreza é mais severa. Ao fazer isso, espero encorajar aqueles que trabalham sem descanso na prevenção e intervenção a direcionar seus recursos. Abaixo, está uma lista das 20 maiores gangues divididas por bairros alfabeticamente.

  1. Eight Tray (83) Gangster Crip (Divisão 77): Se falar dos Rollin 60s também tem que falar desse bairro. Sua rivalidade é abastecida pelo ódio que eles tem um pelo outro, e não mencionar esse bairro no mesmo contexto é completamente sem lógica. Em 1988, o Tenente Bob Ruchoft do LAPD disse que “os gangsters Crips do Eight-Tray são considerados uma das gangues de rua mais violentas da cidade porque tem uma reputação de serem cruéis com pessoas que se opõem a eles. Pelo menos seis homicídios – incluindo um caso neste ano – estão ligados ao grupo desde o início em 1987 (Los Angeles Times, 12 de Maio de 1988),” e não mudou muito desde então nessa comunidade.
  2. Eight Tray (83) Hoovers (Sul de LA Divisão 77), aqui estão seis diferentes bairros Hoover, da Rua 52 à Rua 112, mas o Hoover 83 é o maior e mais ativo e eles lutam com todos os Crips e Bloods. Eles costumavam se identificar como “Hoover Crips” mas em 1996 eles abandonaram o rótulo Crip e se tornaram assassinos de Crips. Eles não tem aliados.
  3. Eighteen Street facção SC (Divisão 77): Essa facção em particular da Rua 18 (18th Street) tem a maior rivalidade com o bairro do Florencia 13, e tem uma das maiores vizinhanças das 20 diferentes facções da 18th Street, e também o maior número de membros.
  4. Florencia 13 (Divisão 77): Essa é a maior gangue só de hispanos em toda a cidade e condado e engajada numa árdua rivalidade com todas as facções da Rua 18, especialmente a da região centro-sul. Ela também é motivada por batalhas de motivos raciais contra as Crips da costa leste. Essa gangue consegue ficar fora das manchetes da mídia mas os oficiais da lei sabem como ela é ativa. Eles não mataram uma garota de 14 anos ainda porque a maioria de suas vítimas são membros de gangue negros.
  5. Rollin 60 Crips (Hyde Park Divisão 77): concordo que esse bairro está no topo das gangues mais ativas. Eles foram a primeira gangue Crip a se envolver numa rivalidade séria com outra gangue Crip, os gangsters da Eight tray, e os 60s são as gangues mais poderosas da aliança N-hood. No ano de 2003 havia um mandato contra eles mas aparentemente aquela ordem civil fez pouco para controlar a gangue desse bairro.

Divisão Sudoeste

  1. Black P Stones (Baldwin Village Divisão Sudoeste): Os Black P Stones são na verdade duas gangues diferentes, então a lista da cidade se torna uma lista dos Top 12. No mapa da cidade pode-se observar duas áreas separadas desses dois bairros, uma no Baldwin Village (o Jungles) e outra na área de West Adams. Concordo que os BPS no Jungles é uma das gangues a estar na lista, brigando sempre com a Rollin 30s Crips, os Crips de West Blvd, e seu conflito racial com a facção da Alsace da Rua 18, mas o bairro de West Adams, conhecido como os City Stones não figura entre as 10 maiores gangues. Em Novembro de 2005, os BPS no Jungles foram alvo de 1,000 oficiais do FBI e da LAPD em uma varredura que prendeu 18 pessoas no que ficou conhecida como “Operação Stone Cold” e havia também um mandato contra eles em Junho de 2006 que o LAPD tinha.
  2. Eighteen Street (Divisão Pico-Union- Rampart): Esse é a segunda maior gangue da Rua 18 em Los Angeles e o lugar onde essa gangue originalmente nasceu há aproximadamente 40 anos atrás. Essa gangue está na area de Pico-Union, a região mais infestada com drogas no Condado. Eu posso até me arriscar e colocar toda a Pico-Union no top 10.
  3. Rollin 30s Crips (Jefferson Park Sudoeste): uma das maiores gangues Crips do lado oeste em todo o Condado e envolvida numa grande rivalidade com os Rollin 20s Bloods e os Black P Stones.
  4. Rollin 20s Bloods (West Adams Sudoeste): A maior área geográfica para uma gangue Blood em toda Los Angeles envolvida em rivalidade com os Crips da Rollin' 30s, que tem sido responsáveis por uma porção significante dos assassinatos nessa vizinhança. Os 20s também se juntaram ao BPS nos conflitos motivados por racismo com o bairro da Rua 18 na área de West Adams.

Sudeste

  1. 118 East Coast Crip (South LA – Divisão Sudeste): Existem aproximadamente 11 bairros de Crip Costa Leste ativos no condado de LA e essa área é provavelmente a mais ativa no que diz respeito à rivalidade com os Athens Park Bloods e um conflito motivado por racismo com a Florencia 13.
  2. Bounty Hunters (Divisão Watts Southeast): Provavelmente a maior gangue Blood em LA ocupando o maior conjunto habitacional da cidade, o Nickerson Gardens. Sua rivalidade com o Grape Streets é talvez a segunda rivalidade mais mortal em toda a história de gangues em LA. Existe um mandato contra essa gangue desde Agosto de 2003 e a cidade está correta em listar esse bairro.
  3. Grape Street Crips (Divisão Watts Southeast): A maior gangue Crip em Watts e talvez em todo lado leste ocupado pelo projeto habitacional Jordon Downs. A cidade acertou em colocar essa gangue na lista. Eles estão envolvidos em uma rivalidade com os Bounty Hunters após vários anos de trégua. Havia um mandato contra essa gangue, mas isso é outro testamento da ineficiência de um mandato contra uma gangue quando ainda se chega à lista das 10 mais violentas.
  4. Watts Varrio Grape (Divisão Watts Southeast)

Rampart

  1. Eighteen Street (Divisão Pico-Union- Rampart)
  2. Mara Salvatrucha (Divisão Pico Union Rampart)

Divisão Newton

  1. 38th Street (Divisão Newton, sul de LA)
  2. 52 Pueblos (Divisão Newton, região leste)
  3. Blood Stone Villians (Divisão Newton, sul de LA)
  4. Mad Swan Bloods (Divisão Newton, região leste)
  5. Play Boys, South Side (Divisão Newton, sul de LA)

Fonte: http://www.streetgangs.com/?p=9

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Tom Ford

Tom Ford nasceu em Austin, no Texas, mas passou maior parte de sua vida em Santa Fé, no Novo México. Durante sua adolescência, Ford mudou-se para Nova Iorque e se inscreveu na Universidade de Nova Iorque (NYU), inicialmente fazendo matérias em história da arte. Mais tarde ele redirecionou seus estudos para concentrar-se em arquitetura na Escola de Design Parsons em Nova Iorque e em Paris, incluindo seu treinamento na Parsons de Nova Iorque.

Em 1990, Tom Ford se mudou para Milão para se juntar ao time de designers de roupas femininas da Gucci. Em 1992, ele se tornou Diretor de Design e em 1994 ele foi indicado como Diretor Criativo da Gucci. Ele era responsável pelo design de todas as linhas de produtos, de vestiário a perfumes, pela imagem corporativa, campanhas de publicidade e design das lojas do grupo.

Em Janeiro de 2000, após a aquisição da Yves Saint Laurent e YSL Beaute pelo Grupo Gucci, Tom Ford assumiu a posição de Diretor Criativo da Yves Saint Laurent Rive Gauche e YSL Beaute além das posições existentes na Gucci. Ford trabalhou com as equipes de criatividade na YSL para definir a imagem e posicionamento da marca YSL incluindo todas as categorias de produtos e atividades de comunicação. Ford também trabalhou como Diretor Criativo do Grupo Gucci.

Em Julho de 2002 ele se tornou Vice Presidente da Diretoria Administrativa do Grupo Gucci. Em Abril de 2004, Ford renunciou ao seu cargo no Grupo Gucci após a compra de ações do grupo pelo Pinault Printemps Redoute. Durante os 10 anos de Ford como Diretor Criativo na Gucci e do Grupo Gucci, as vendas cresceram de 230 milhões em 1991 para quase 3 bilhões em 2003, tornando a Gucci umas das marcas de luxo mais rentáveis no mundo.

Em Abril de 2005, exatamente um ano após sua saída dramática do Grupo Gucci, Ford anunciou a criação da marca TOM FORD. Ford contou com a ajuda nesse empreendimento do ex-presidente e CEO do Grupo Gucci, Domenico De Sole que trabalha como Diretor da Empresa. Como Presidente e CEO da TOM FORD INTERNATIONAL, Ford anunciou sua parceria com o Grupo Marcolin, um líder mundial da indústria de óculos, para produzir e distribuir armações óticas e óculos de sol sob a marca TOM FORD. No mesmo dia, Ford e De Sole anunciaram uma aliança com a Estee Lauder para criar a linha de beleza TOM FORD. Esta colaboração seria em duas fases durante vários anos. A primeira fase deste empreendimento foi lançada em Novembro de 2005 com a muito bem sucedida coleção Tom Ford Estee Lauder. Na segunda fase, Tom Ford e Estee Lauder criaram e comercializaram uma fragrância e linha de beleza com o nome TOM FORD BEAUTY que foi lançada em Novembro de 2006 com uma fragância de assinatura, chamada Tom Ford Black Orchid, e foi seguida por Tom Ford Black Orchid Voile de Fleur. Sua primeira fragrância para homens foi lançada em Setembro de 2007, chamada Tom Ford For Men.

Em Fevereiro de 2006, Tom Ford anunciou um acordo de licença com o Grupo Ermenegildo Zegna para a produção e distribuição mundial de coleção masculina de luxo ready-to-wear e roupas, calçados e acessórios feitos sob medida sob a marca TOM FORD.

Em Abril de 2007, sua primeira loja levando o nome da marca abriu em Nova Iorque na 845 Madison Avenue para coincidir com o lançamento da linha de roupas masculina e coleção de acessórios TOM FORD.

Em Junho de 2007, a TOM FORD INTERNATIONAL anunciou uma expansão a nível mundial, a começar pela abertura de lojas nos próximos três anos em Milão, Londres, Los Angeles e Havaí. Além disso, TOM FORD anunciou acordos com parceiros-chave que permitirão um cronograma de expansão seletivo e direcionado começando na Primavera de 2008 para cidades importantes na Europa, América do Sul, Ásia e Oriente Médio. TOM FORD também anunciou a distribuição limitada e exclusiva da coleção masculina para parceiros escolhidos do varejo de luxo nos Estados Unidos e Europa começando na Primavera de 2008. O resultado geral do plano criará mais de 100 lojas que funcionarão como ponto de venda de varejo da TOM FORD em todo o mundo nos próximos 10 anos bem como uma rede muito bem controlada de lojas dentro de lojas com parceiros de varejo de luxo.

O sucesso de Tom Ford na indústia da moda é reconhecido pelos vários prêmios recebidos, incluindo: cinco prêmios do prestigiado Conselho de Designers de Moda da América (CFDA) (1996), (2001), (2002), (2004) e (2008); cinco VH-1 (Premiação Vogue Fashion) (1995), (1996), (1999), (2002) e (2004); dois prêmios do Clube do Editor de Moda do Japão (FEC) (2000), dois prêmios ACE do US Accessory Council (2001), (2006); o Prêmio Ícone de Estilo na Premiação Estilo Elle de 1999 (Reino Unido); o Prêmio de Homem do Ano Internacional da GQ Britânica (2000); o Prêmio Superstar da Noite das Estrelas do Fashion Group International (EUA, 2000); Designer do Ano GQ (EUA, 2001); Prêmio de Sucesso em Design de Moda para o Prêmio de Design Nacional do Museu de Design Cooper Hewitt (2003).

Em Março de 2004, Tom Ford foi homenageado por sua contribuição ao mundo da moda e cinema com o prêmio Rodeo Drive Walk of Style. Em 2005 ele recebeu o "Prêmio Andre Leon Talley pelo conjunto da obra" pela Universidade Savannah de Arte e Design. O Conselho de Acessórios, a associação de comercialização líder em acessórios do país, homenageou Tom com o ACE Lançamento de Marca na Premiação ACE 2006, em 30 de Outubro de 2006, em reconhecimento à sua nova linha de óculos de sol.

Em Março de 2007, Tom Ford foi homenageado com a Premiação Vito Russo da GLAAD. Em 02 de Junho de 2008, Tom Ford recebeu o Prêmio Designer de Roupas Masculinas do Ano no Conselho de Designers de Moda da América. Ele recebeu esse prêmio após a marca levando o seu nome ter completado apenas um ano.


de: http://www.tomford.com/#/en/thebrand/tomford

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Greyhound - um ícone americano

Greyhound

Fundada em 1914, a Greyhound Lines, Inc. é o maior servidor de transporte de ônibus interestaduais, levando a mais de 2,300 destinos com 13,000 saídas diárias em toda a América do Norte. Se tornou um ícone americano, ao oferecer viagens seguras, prazeirosas e com preço acessível para mais de 25 milhões de passageiros por ano. O cachorro de corrida da Greyhound é uma das marcas mais conhecidas no mundo.

Enquanto a Greyhound é bem conhecida por seus serviços regulares e pontuais a passageiros, a empresa também oferece outros serviços para seus clientes. O serviço Greyhound PackageXpress oferece entregas no mesmo dia ou manhã seguinte a ótimos preços para milhares de destinos. E a unidade de Greyhound Travel Services (Serviços de Viagem Greyhound) da empresa oferece pacotes para negócios, convenções, escolas e outros grupos com taxas competitivas.

A Greyhound tem três subsidiárias operando nos Estados Unidos, que são parte de uma rede nacional da Greyhound. Elas incluem: Valley Transit Company, servindo a fronteira Texas-Mexico, Crucero USA, servindo o sul da Califórnia e Arizona para o México, e Americanos USA, servindo pontos no México e New México.

Além disso, a Greyhound tem parcerias com várias linhas de ônibus independentes por todo os Estados Unidos. Essas empresas de ônibus oferecem serviços complementares às linhas existentes da Greyhound e ligam várias pequenas cidades ao sistema de rotas da Greyhound Lines.

Os passageiros Amtrak usam a Greyhound para fazer conexões para cidades em que os trilhos da Amtrak Thruway não chegam, através da compra do bilhete da conexão de ônibus juntamente com o bilhete de trem da Amtrak. Se os passageiros desejarem, podem também comprar o bilhete de ônibus diretamente na Greyhound.

Para viagens dentro do Canadá, a Greyhound Canada leva milhões de passageiros pelas províncias e territórios do país todos os anos. A empresa também oferece o sistema de entrega de pacotes para várias localizações no Canadá.

Para aqueles dentro do México que desejam viajar pela Greyhound nos Estados Unidos, a subsidiária da Greyhound, Greyhound de Mexico, pode vender os bilhetes em uma das mais de 100 agências localizadas em todo o México. As agências também vendem bilhetes para várias empresas de ônibus mexicanas, como a Estrella Blanca, que se conecta com o serviço Greyhound nas cidades de fronteira Estados Unidos-México.

http://www.greyhound.com/home/en/About/About.aspx

Fatos sobre a Greyhound

Corporativo

  • Um ônibus interurbano, como o Greyhound, é o modo de transporte mais seguro, em detrimento de carros, caminhões, trens, aviões e outros veículos comerciais, de acordo com o Ministério de Transporte dos EUA, Departamento de Estatísticas de Transporte.
  • A frota Greyhound consiste de 1,250 ônibus, com uma média de uso de 7.2 anos. Um ônibus Greyhound equivale a uma média de 34 carros na estrada, e leva 184 passageiros por galão de combustível.
  • A Greyhound usa aproximadamente 90 terminais de ônibus operados pela empresa e 850 terminais ou pontos de venda operados por agências. Incluindo todas as paradas, a Greyhound serve a mais de 1,700 destinos nos Estados Unidos.
  • A Greyhound emprega mais de 8,400 pessoas em todo o país, incluindo mais de 940 na sede corporativa em Dallas, e mais de 3,000 motoristas lotados em 80 localidades no país.
  • A Greyhound rodou por aproximadamente 5.8 bilhões de milhas no ano passado. Transportou nos EUA, bem como nas subsidiárias operantes e Greyhound Canadá, aproximadamente 25 milhões de pessoas no total.
  • A Greyhound foi fundada em 1914 com o nome Mesaba Transportation Company em Hibbing, Minnesota. A empresa foi renomeada Motor Transit Corporation (1922) e Northland Transportation Company (1926) antes de ser incorporada com o nome Greyhound em 1930.
  • A atual Greyhound Lines foi organizada em 1987 após comprar os direitos da anterior Greyhound Corporation (agora conhecida como Viad Corp.) a Greyhound Lines foi adquirida pela Laidlaw International, Inc. em 1999, que foi subseqüentemente adquirida pelo FirstGroup plc em 2007.
  • Os 10 terminais mais movimentados em volume de passageiros em 2008:

Posição Terminal


1 New York, New York


2 Philadelphia, Pennsylvania


3 Los Angeles, Califórnia


4 Atlantic City, New Jersey


5 Richmond, Virginia


6 Washington, D.C.


7 Dallas, Texas


8 Atlanta, Georgia


9 Nashville, Tennessee

10 Chicago, Illinois


Clientes

  • Um terço dos passageiros da Greyhound ganham mais de U$35,000 por ano.
  • Mais da metade dos clientes Greyhound receberam graduação superior.
  • Quarenta e dois porcento dos passageiros da Greyhound estão entre as idades: 18 e 34.
  • Aproximadamente 60 porcento dos passageiros Greyhound viajam menos de 450 milhas.
  • Em vários casos, os passageiros Greyhound relataram que consideram seus próprios veículos suficientemente confiáveis para uma viagem de distância parecida, mas, viajam de ônibus porque é mais seguro e econômico.
  • A maioria dos passageiros Greyhound viajam para visitar família e amigos, mas mais de 21 porcento viajam a negócios.
  • A média de preço do bilhete é de U$45.

http://www.greyhound.com/home/en/About/FactsAndFigures.aspx

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Harley-Davidson - 105 anos


2008 marcou o 105º aniversário da fundação de uma empresa que pode ser genuinamente descrita como “uma instituição americana”: Harley-Davidson. E não é surpresa que os famosos fabricantes da moto, proprietários e fãs estão celebrando com estilo.

A “Harley” ou “Hog” é um ícone cultural. É considerada um símbolo de rebelião e vem sendo o veículo preferido de gangues de motoqueiros como os Hells Angels. Harleys personalizadas foram pilotadas por Dennis Hopper e Peter Fonda no filme cult de 1969, Easy Rider (Sem Destino). (Várias pessoas acreditam que Marlon Brando dirigiu uma Harley em outro filme famoso sobre motoqueiros, The Wild One (O Selvagem), em 1953. Na verdade, ele dirigiu uma Triumph Thunderbird.). A Harley também é associada ao Rock e em Agosto deste ano, Milwaukee, no estado do Wisconsin (lugar natal das motos) foi palco de uma série de shows que foram descritos como “o evento musical do verão”. O grande Bruce Springsteen se apresentou (em um local às margens do lago da cidade conhecido como “The Roadhouse”), bem como bandas de rock como Foo Fighters, Black Crowes, Blue Oyster Cult e ZZ Top, sem esquecer da lenda do blues, Buddy Guy.

Esses shows são o centro das comemorações de aniversário. A outra novidade em Milwaukee (que também é a “capital da cerveja nos Estados Unidos”) é o Museu Harley Davidson, que está aberto desde 12 de Julho de 2008. O espaço de 130.000 pés-quadrados espera atrair um total de 350.000 visitantes anualmente. Mais de 450 motos estão em exibição, junto com milhares de artefatos, incluindo fotos, vídeos e exemplos de equipamentos para motoqueiros. O Museu se propõe a contar a marcante estória de uma empresa que se orgulha em ser a “única grande empresa fabricante de motos estabelecida nos EUA”.

Nem sempre foi tudo tranqüilo. A empresa foi fundada por três jovens, William S. Harvey, Arthur Davidson e seu irmão, Walter. Depois de começar em uma modesta oficina mecânica, eles puderam abrir sua primeira fábrica em 1906. Ela ficava na Chestnut Street, em Milwaukee, que mais tarde mudou de nome para Juneau Avenue: continua sendo a matriz da empresa até o dia de hoje.

A Primeira Guerra Mundial foi particularmente rentável para a Harley-Davidson, que deveria fornecer mais de 20.000 veículos para as forças armadas americanas. Em 1920, ela se estabeleceu como a maior fabricante de motos do mundo com revendedoras em mais de 67 países. Essa supremacia durou durante toda a década de 20, mas a quebra de Wall Street em 1929 e a subseqüente Grande Depressão dos anos 30 levou à um desastre: as vendas caíram de 21.000 em 1929 para 4.000 em 1933.

Mesmo assim a empresa sobreviveu à década de 30 e a Segunda Guerra Mundial deu outro aspecto aos negócios: fornecendo 90.000 veículos a forças aliadas durante a guerra. Os anos pós-guerra trouxeram novos desafios, como o advento das motos japonesas, e houve um tempo que estiveram à beira da falência. Mesmo assim a Harley-Davidson também sobreviveu e hoje está com boa saúde. Feliz Aniversário, Harley!


Revista Speak Up! – Dezembro, 2008.

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Fundo Getty para artes



Um dos maiores patrocinadores das artes no mundo, o Fundo J. Paul Getty é uma instituição filantrópica cultural internacional que se enfoca nas artes visuais em todas as suas dimensões. O Getty serve tanto o público em geral como uma ampla rede de comunidades de profissionais em Los Angeles e em todo o mundo.

Através do trabalho de quatro programas Getty – o Museu, o Instituto de Pesquisa, e a Fundação – o Getty procura se aprofundar no conhecimento e nutrir um senso crítico através do crescimento e apresentação de suas coleções e através do avanço do entendimento e preservação da herança artística no mundo. O Getty busca essa missão na convicção de que a consciência cultural, a criatividade, e o prazer na estética são essenciais para uma sociedade civil.

Localizações
A base do Getty está em Los Angeles, Califórnia, e recebe aproximadamente 1.8 milhões de visitantes por ano em suas duas locações: o Getty Center em Los Angeles, e o Getty Villa em Malibu.

O Getty Center, um campus incrustado num monte, desenhado e desenvolvido por Richard Meier, abriu em 1997 e comemorou seu décimo aniversário em 2007.

A Getty Villa em Malibu, a locação original do Museu J. Paul Getty, reabriu no início de 2006 com uma nova missão de ser um centro educacional e museu, dedicados às artes e culturas das antigas Grécia, Roma e Etrúria.

Tanto o Getty Center como a Getty Villa atendem um variado público através de exibições, conversação, bolsas de estudo, pesquisa e programas públicos.

História
J. Paul Getty via a arte como uma influência civilizadora na sociedade e acreditava fortemente em tornar a arte disponível para o público para sua educação e prazer. Ele abriu o Museu J. Paul Getty ao público em 1954. Este pequeno museu, localizado em sua casa de campo em Malibu, abrigava coleções de antiguidades Gregas e Romanas, mobília Francesa do século 18, e pinturas Européias. Fascinado pelo mundo antigo do Mediterrâneo, ele mais tarde construiu uma estrutura ao estilo Romano, modelada de acordo com a Villa dei Papiri no primeiro século a.C.

Quando a maior parte dos bens pessoais do Sr. Getty passou para o Fundo, em 1982, os curadores procuraram fazer uma grande contribuição para as artes visuais através da expansão do Museu bem como com uma nova gama de programas. O Instituto de Conservação Getty, o Instituto de Pesquisas Getty, e o Programa de Auxílio Estudantil foram fundados nos anos 80. O Programa de Auxílio Estudantil, que promovia o trabalho de todos os programas Getty e administrava o Instituto de Liderança Getty, se tornou a Fundação Getty em 2005.

O Fundo J. Paul Getty Trust continuou a desenvolver a visão do Sr. Getty, apoiado pelas direções em seu testamento, que pedia pela “difusão do conhecimento geral e artístico”.

Museu

O Museu J. Paul Getty visa aprofundar o conhecimento das artes visuais e nutrir o senso crítico através do colecionamento, preservação, exibição e interpretação de trabalhos de arte da mais alta qualidade. Para cumprir essa missão, o Museu continua a acrescentar à sua coleção através de compras e doações, apresentando o impacto das artes usando exibições, publicações, programas educacionais desenvolvidos para um amplo público, e também com programas de artes performáticas. O Museu trabalha para oferecer a seus visitantes o acesso às artes visuais mais inovadoras enquanto apreciam uma experiência única vendo os trabalhos de arte em nosso Getty Center e Getty Villa. Enquanto usufrui os recursos do Fundo Getty, o Museu também estende o alcance de sua missão pela Internet e através de constantes intercâmbios de trabalhos de arte, profissionais e especialistas.

O Museu J. Paul Getty no Getty Center em Los Angeles abriga pinturas, desenhos, esculturas, manuscritos iluminados e artes decorativas Europeus e fotografias Européias e Americanas.

O Museu J. Paul Getty na Getty Villa em Malibu reabriu em 28 de Janeiro de 2006, após o término de um grande projeto de renovação. Como museu e centro educacional dedicado ao estudo das artes e culturas da Grécia, Roma e Etrúria antigas, a Getty Villa atende á um variado público através de exibições, conservação, bolsas de estudo, pesquisa e programas públicos. A Villa abriga aproximadamente 44 mil trabalhos de arte da extensa coleção do Museu de antiguidades Gregas, Romanas e Etruscas, das quais mais de 1.200 estão expostas.

Fundação

A Fundação Getty cumpre a missão filantrópica do Fundo Getty apoiando indivíduos e instituições comprometidos com o avanço e preservação das artes visuais localmente e em todo o mundo. Através de auxílios estudantis e programas estratégicos, a Fundação fortalece a história da arte como disciplina global, promove a prática interdisciplinar de conservação, aumenta o acesso à coleções do museu e de arquivos, e aprofunda futuros e atuais líderes nas artes visuais. A Fundação conduz seu trabalho em colaboração com o Museu Getty, o Instituto de Pesquisa, e o Instituto de Conservação, para assegurar que os programas Getty alcancem um grande impacto.

De: http://www.getty.edu/

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Discurso inaugural do Presidente Obama

Texto do discurso inaugural do Presidente Barack Obama na Terça-feira, como proferido.

OBAMA: Meus companheiros cidadãos:

Estou aqui hoje em submissão à tarefa diante de nós, grato pela confiança que vocês depositaram em mim, ciente dos sacrifícios feitos por nossos antepassados. Agradeço o Presidente Bush por seu serviço à nossa nação, bem como a generosidade e cooperação que ele mostrou através dessa transição.

Quarenta e quatro americanos já fizeram o juramento presidencial. Palavras que foram faladas durante períodos crescentes de prosperidade e em tempos de paz. Mesmo assim, ás vezes o juramento é feito em meio à nebulosidade e tempestades fortes. Nesses momentos, a América continuou seu caminho não simplesmente por causa da habilidade ou visão daqueles no alto escalão, mas porque nós o povo permanecemos fiéis aos ideais de nossos ancestrais, e verdadeiros aos nossos documentos de fundação.

E assim tem sido. E assim deve ser com essa geração de Americanos.

Que nós estamos no meio de uma crise é agora de conhecimento de todos. Nossa nação está em Guerra, contra uma rede de violência e ódio de grande alcance. Nossa economia está enfraquecida, uma consequência da ganância e irresponsabilidade por parte de alguns, mas também nossa falha coletiva ao tomar decisões difíceis e preparar nossa nação para uma nova era. Casas foram tomadas, trabalhos perdidos, negócios desmontados. Nosso sistema de saúde é muito caro, nossas escolas falham muitas vezes; e cada dia traz mais evidências de que a forma como usamos a energia fortalece nossos adversários e ameaça nosso planeta.

Esses são os indicadores de uma crise, assunto de dados e estatísticas. Menos mensurável, mas não menos profundo é o enfraquecimento da confiança em todo o país – um medo importuno de que o declínio da América é inevitável, e que a próxima geração deve diminuir suas expectativas.

Hoje eu lhes digo que os desafios que enfrentamos são reais. Eles são sérios e são vários. Eles não serão resolvidos facilmente ou em um curto período de tempo. Mas saiba disso, América – eles serão resolvidos.

Neste dia, nos reunimos porque escolhemos esperança ao invés de medo, unidade de propósito ao invés de conflito e discórdia.

Neste dia, nós viemos proclamar um fim para as queixas insignificantes e falsas promessas, as recriminações e dogmas desgastados, que por muito tempo deteriorou nossa política.

Nós permanecemos uma nação jovem, mas nas palavras da Escritura, o tempo chegou de deixar de lado as coisas de criança. O tempo chegou para reafirmar nosso espírito tolerante; de escolher nossa melhor história; de levar adiante este precioso dom, esta nobre idéia, passada de geração a geração: A promessa de Deus de que todos são iguais, todos são livres e todos merecem uma chance de perseguir sua porção de felicidade.

Reafirmando a grandeza de nossa nação, entendemos que a grandeza nunca é dada. Deve ser alcançada. Nossa jornada nunca foi de atalhos ou aceitando o medíocre. Não foi um caminho para os fracos – para aqueles que preferem lazer ao invés de trabalho, ou buscam os prazeres da riqueza e fama. E sim, foi um caminho de pessoas que correm riscos, os que fazem, que constróem coisas – alguns conhecidos, mas normalmente homens e mulheres que fazem seu trabalho em silêncio, que nos carregaram durante o longo caminho em direção à prosperidade e liberdade.

Por nós, eles empacotaram suas poucas possessões materiais e viajaram atravessando oceanos procurando por uma nova vida.

Por nós, eles trabalharam pesado em fábricas e se estabeleceram no Oeste; suportaram açoitadas de chicote e araram a terra dura.

Por nós, eles lutaram e morreram, em lugares como Concord e Gettysburg; Normandia e Khe Sanh.

Por várias vezes esses homens e mulheres lutaram e sacrificaram e trabalharam até que suas mãos estivessem feridas para que tivéssemos uma vida melhor. Eles viram a América como algo maior do que a soma de nossas ambições individuais; maior que todas as diferenças de nascimento ou riqueza ou facção.

Esta é a jornada que continuamos hoje. Nós continuamos sendo a nação mais próspera e poderosa da Terra. Nossos trabalhadores não são menos produtivos do que quando a crise começou. Nossas mentes não estão menos engenhosas, nossos bens e serviços não menos necessários do que eram na semana passada ou mês passado ou ano passado. Nossa capacidade continua intocada. Mas o nosso tempo de não voltar atrás, de proteger nossos interesses mesquinhos e atrasar decisões desagradáveis – este tempo certamente passou. Começando hoje, nós devemos nos levantar, tirar a poeira de cima, e começar de novo o trabalho de refazer a América.

Porque em todo lugar que olhamos, há trabalho a ser feito. O estado da economia pede por uma ação, audaciosa e rápida, e nós agiremos – não somente para criar novos trabalhos, mas para estabelecer uma nova base para o crescimento. Nós construiremos estradas e pontes, as grades elétricas e linhas digitais que alimentam nosso comércio e nos interligam. Restauraremos a Ciência colocando-a em seu devido lugar, e manejar as maravilhas tecnológicas para aumentar a qualidade do sistema de saúde e diminuir custos. Iremos aproveitar o sol e os ventos e o solo para abastecer nossos carros e fazer funcionar nossas fábricas. E iremos transformar nossas escolas e faculdades e universidades para suprir as exigências de uma nova era. Tudo isso nós podemos fazer. Tudo isso nós iremos fazer.

Agora, existem alguns que questionam a escala de nossas ambições – que sugerem que nosso sistema não pode tolerar tantos grandes planos. A memória deles é curta. Porque eles se esqueceram do que este país já fez; o que homens e mulheres livres podem alcançar quando a imaginação se junta ao propósito comum, e à necessidade de coragem.

O que os cínicos falham em entender é que o chão mudou debaixo deles – que os argumentos políticos envelhecidos que nos consumiu por tanto tempo não se aplicam mais. A pergunta que fazemos hoje não é se o nosso governo é muito grande ou muito pequeno, mas se ele funciona – se ajuda famílias a encontrar um trabalho com salário decente, cuidados que elas podem pagar, uma aposentadoria digna. Onde a resposta for “sim”, temos que seguir adiante. Onde a resposta for “não”, os programas irão acabar. Aqueles de nós que controlam o dinheiro público serão responsáveis - por gastar sabiamente, mudar hábitos ruins, e fazer nossos negócios à luz do dia – porque somente desta forma podemos restaurar a confiança vital entre as pessoas e seu governo.

A questão diante de nós é se o Mercado é uma força para o bem ou para o mal. Seu poder de gerar riqueza e expandir a liberdade é incontestável, mas essa crise nos lembrou de que sem cuidados, o Mercado gira fora de controle – e que a nação não consegue prosperar por muito tempo quando favorece somente os prósperos. O sucesso da nossa economia sempre foi dependente não somente do tamanho de nosso produto interno bruto, mas no alcance de nossa prosperidade; em nossa capacidade de estender oportunidades para todos que a desejam – não por caridade, mas porque é um caminho certo para o bem comum.

Para nossa defesa comum, rejeitamos como falsa a escolha entre a nossa segurança e nossos ideais. Nossos antecessores… os que estabeleceram os alicerces de nossa nação, ao enfrentarem perigos que mal podemos imaginar, escreveram um capítulo para assegurar a lei e os direitos do homem, um capítulo expandido pelo sangue de gerações. Aqueles ideais ainda iluminam o mundo, e nós não abriremos mão deles por conveniência. E então para todas as outras pessoas e governantes que estão assistindo hoje, das grandes capitais à pequena vila onde meu pai nasceu: saiba que a América é amiga de cada nação e de todo homem, mulher e criança que procura um futuro de paz e dignidade, que estamos dispostos a liderar mais uma vez.

Lembrem-se que gerações anteriores enfrentaram o fascismo e comunismo não somente com mísseis e tanques, mas também com alianças firmes e convicções duradouras. Eles entenderam que somente nosso poder não pode nos proteger, ou nos dá o direito de fazer como quisermos. Ao invés disso, eles sabiam que nosso poder cresceu através da prudência; nossa segurança vem da imparcialidade de nossa causa, a força do nosso exemplo, as qualidades temperadas da humildade e limitação.

Nós somos guardiões deste legado. Guiados mais uma vez por aqueles princípios, podemos ir de encontro a essas novas ameaças que exigem grande esforço – e ainda uma maior cooperação e entendimento entre as nações. Começaremos a deixar o Iraque com seu povo, e moldar uma paz conquistada com esforço no Afeganistão. Com velhos amigos e antigos inimigos, nós iremos trabalhar incessantemente para diminuir a ameaça nuclear, e reduzir o espectro de um planeta em aquecimento. Não iremos nos desculpar pelo nosso modo de vida, ou iremos hesitar em sua defesa, e para aqueles que planejam avançar em seus planos de induzir o terror e massacrando inocentes, nós dizemos para vocês que nosso espírito está mais forte e não pode ser derrotado; vocês não podem nos superar, e iremos derrotá-los.

Porque agora sabemos que nossa “herança colcha-de-retalhos” é uma força, e não uma fraqueza. Nós somos uma nação de Cristãos e Muçulmanos, Judeus e Hindus – e aqueles que também não têm um credo. Somos moldados por todo idioma e cultura, vindos de todos os cantos da Terra; e porque já experimentamos a amarga lavagem da guerra civil e segregação, e emergimos deste capítulo negro mais fortes e mais unidos, nós não podemos fazer outra coisa a não ser acreditar que antigos ódios passarão um dia; que as marcas do povo passarão; que na medida que o mundo fica menor, nossa humanidade comum deverá se revelar; e a América deve desempenhar seu papel de liderar para uma nova era de paz.

Para o mundo Muçulmano, nós procuramos um novo caminho adiante, baseado em interesse e respeito mútuos. Para aqueles líderes em todo o mundo que intencionam semear conflito, ou culpar as doenças de sua sociedade no Oeste – saiba que seu povo o julgará no que você conseguiu construir, não no que você destruiu. Para aqueles que se mantêm no poder através da corrupção e engano e silenciando os que discordam, saibam que vocês estão do lado errado da história; mas estamos dispostos a lhes estender a mão se vocês estiverem dispostos a descerrar o punho.

Para as pessoas em nações pobres, nós juramos trabalhar junto a vocês para que suas fazendas prosperem e que a água potável corra; para alimentar corpos famintos e mentes famintas. E para aquelas nações como a nossa que gozam de abundância, dizemos que não podemos mais aceitar indiferença em relação aos que sofrem fora de nossas fronteiras; nem podemos consumir os recursos do mundo sem considerar os efeitos. Porque o mundo mudou, e devemos mudar com ele.

Considerando a estrada diante de nós, devemos lembrar com humildade e gratidão aqueles bravos Americanos que, nesse exato momento patrulham desertos ermos e montanhas distantes. Eles têm algo a nos dizer, bem como os heróis que estão em Arlington e sussurram através dos anos. Nós os honramos não somente porque eles são guardiões de nossa liberdade, mas porque eles representam o espírito de servir; uma vontade de encontrar significado em algo maior que eles mesmos. E mesmo assim, neste momento – um momento que irá definir uma geração – é precisamente este espírito que deve habitar em todos nós.

Porque por mais que o governo possa e deva fazer, é na verdade a fé e determinação do povo Americano em que esta nação confia. É a bondade de receber um estrangeiro quando os diques se rompem, a abnegação de trabalhadores que preferem diminuir suas horas de trabalho a ver um amigo perder o emprego que nos conduz nas horas difíceis. É a coragem dos bombeiros de subir em uma escada para um lugar cheio de fumaça, mas também a vontade de um pai de alimentar seus filhos, que finalmente decide nosso destino.

Nossos desafios podem ser novos. Os instrumentos que teremos que usar para resolvê-los podem ser novos. Mas aqueles valores de que o nosso sucesso depende – trabalho duro e honestidade, coragem e jogo limpo, tolerância e curiosidade, lealdade e patriotismo – estes são antigos. Estas coisas são verdadeiras. Elas têm sido a força silenciosa do progresso durante a nossa história. O que é exigido então é um retorno dessas verdades. O que é exigido de nós agora é uma nova era de responsabilidade – um reconhecimento, por parte de todo Americano, que temos deveres com nós mesmos, nossa nação, e com o mundo, deveres que não devemos aceitar de má vontade mas sim com alegria, firmes no conhecimento de que não há nada mais satisfatório ao espírito, tão definidor de nossa personalidade, do que termos uma tarefa difícil pela frente.

Este é o preço e a promessa de cidadania.

Esta é a fonte de nossa confiança – a consciência de que Deus nos chama para moldar um destino incerto.

Este é o significado de nossa liberdade e nosso credo – porque homens e mulheres e crianças de toda raça e fé podem se juntar e celebrar por esse magnífico lugar, e porque um homem cujo pai há menos de sessenta anos atrás não poderia ser garçom de um restaurante local pode agora estar diante de vocês para fazer o juramento mais sagrado.

Então que possamos marcar este dia com lembranças, de quem somos nós e quão longe alcançamos. No ano de nascimento da América, no mês mais frio, um pequeno grupo de patriotas amontoados ao redor de fogueiras nas margens de um rio congelado. A capital estava abandonada. O inimigo estava avançando. A neve estava manchada de sangue. Em um momento que o resultado de nossa revolução estava em questão, o pai de nossa nação ordenou que estas palavras fossem lidas para o povo:

"Que seja dito para o mundo vindouro… que na profundidade do inverno, quando nada a não ser a esperança e a virtude poderiam sobreviver… que a cidade e o país, alarmados por um perigo comum, vieram adiante e o enfrentaram.”

América, em face de nosso perigo comum, neste inverno de dureza, lembremos essas palavras eternas. Com esperança e virtude, desbravemos mais uma vez as correntes geladas, e enfrentemos as tempestades que possam vir. Que seja dito para os filhos de nossos filhos que quando fomos testados nos recusamos a deixar esta jornada acabar, que nós não viramos as costas ou hesitamos; e com os olhos fixos no horizonte e com a graça de Deus sobre nós, levamos em frente o grande presente da liberdade e entregamos em segurança para futuras gerações.

Obrigado. Deus os abençoe. E Deus abençoe os Estados Unidos da América.

http://news.yahoo.com/s/ap/20090120/ap_on_go_pr_wh/inauguration_obama_text

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Huey P. Newton e os Panteras Negras





Huey Percy Newton (17 de Fevereiro de 1942 – 22 de Agosto de 1989), foi co-fundador e líder do Partido dos Panteras Negras para Auto Defesa, uma organização afro-americana estabelecida para promover o Poder Negro, direitos civis e auto-defesa.

Newton nasceu em Monroe, estado da Louisiana dos pais Amelia e Walter Newton, um meeiro e pastor Batista; ele era o mais novo em sua família, e seu nome foi dado para homenagear Huey Long. A família de Newton se mudou para Oakland, no estado da Califórnia quando ele tinha três anos. Apesar de haver completado a educação secundária na Escola Técnica de Oakland, Newton não sabia ler. Durante o curso de sua auto-instrução, ele se esforçou para ler a “República” de Platão, que ele veio a entender depois de persistentemente ler cinco vezes. Este sucesso, ele disse a um entrevistador, foi a faísca para que ele se tornasse um líder.

Enquanto estudava na faculdade Oakland City College, Newton se envolveu ativamente nos assuntos políticos da área. Ele se juntou à Associação de Afro-Americanos, se tornou um membro proeminente da Fraternidade Phi Beta Sigma, da divisão Beta Tau, e desempenhou papel importante na adoção do primeiro curso de História dos Negros entre as disciplinas da faculdade. Ele leu obras de Karl Marx, Vladimir Lênin, Frantz Fanon, Malcom X, Mao Zedong e Che Guevara. Foi durante este tempo na faculdade que Newton, juntou-se a Bobby Seale, e organizou o Partido dos Panteras Negras para Auto Defesa em Outubro de 1966. Seale assumiu o cargo de diretor, enquanto Newton se tornou o Ministro da Defesa.

Newton e Seale decidiram que o suposto abuso de poder da polícia em Oakland contra Afro-americanos tinha que parar. Dos estudos em Direito na faculdade, Newton estava ciente e conhecedor do Código Penal da Califórnia e as leis estaduais relacionadas a armas, e então foi capaz de persuadir alguns Afro-americanos a exercitar seu direito legal de portar armas abertamente (tendo em vista que esconder armas de fogo era ilegal). Membros do Partido dos Panteras Negras para Auto Defesa carregavam seus rifles e revólveres e começaram a patrulhar áreas onde a polícia de Oakland supostamente estava cometendo crimes motivados por racismo contra os cidadãos da comunidade negra. As patrulhas na rua tiveram amplo apoio da comunidade Afro-americana local. Newton e Seale também foram os responsáveis por escrever a Plataforma e Programa do Partido dos Panteras Negras, que foi grandemente influenciado pelo Maoísmo. Newton foi o instrumento de criação de um programa de café-da-manhã para centenas de crianças das comunidades locais antes que fossem para a escola todos os dias.

Newton foi acusado pelo assassinato de um policial de Oakland, o oficial John Frey.

Frey havia parado Newton antes do amanhecer do dia 28 de Outubro de 1967, e tentou desarmar e desencorajar as patrulhas dos Panteras. Depois que o seu parceiro, o oficial Herbert Heanes, chegou para ajudar, tiros foram disparados, e todos os três foram feridos. Heanes testemunhou que os tiros começaram depois que Newton estava sob custódia, e uma outra testemunha disse que Newton atirou em Frey com a própria arma de Frey durante uma luta. Não foram encontradas as armas de Frey ou Newton. Frey foi atingido quatro vezes e morreu uma hora depois, enquanto Heanes não estava numa situação muito melhor com três tiros. Com um ferimento de bala no abdômen, Newton cambaleou até o Hospital da cidade. Ele foi aceito, mas ficou chocado ao acordar algemado à sua cama.

Newton foi condenado pelo assassinato de Frey em Setembro de 1968, sob a pena de homicídio culposo e sentenciado de 2 a 15 anos de prisão. Em Maio de 1970, a Corte Apelativa da Califórnia reverteu a condenação e pediu um novo julgamento. Depois de dois julgamentos incorretos, o Estado da Califórnia abandonou o caso.

Enquanto Huey estava na prisão, o número de membros de seu partido caiu significativamente em várias cidades. O FBI, que desenvolveu táticas de operação contra-insurgentes, a COINTELPRO, fez campanhas para eliminar os programas de ajuda à comunidade dos Panteras Negras, como os cafés-da-manhã gratuitos, testes para anemia, comida e roupa de graça. Fundos para vários dos programas vieram de comerciantes independentes da área: traficantes e cafetões. Bobby Seale mais tarde escreveu sobre suas suspeitas do envolvimento de Newton e uma tentativa de entrar no tráfico de drogas de Oakland, dizendo que Newton tentou ‘derrubar’ cafetões e traficantes; como resultado, um acordo com assassinos foi feito pela vida de Newton. Mas essa estória nunca foi provada. Sugere-se que tal paranóia mútua entre amigos de longo tempo e co-fundadores, Seale e Newton, foi criada por J. Edgar Hoover e o FBI. O FBI mandou o que ficou conhecido como cartas “marrons” – cartas fabricadas (normalmente com ameaças de morte), aparentemente escritas pelos Panteras. Este medo resultou em um grande declínio no número de membros do Partido e sua eventual falência.

Os fundos para os programas de sobrevivência do Partido dos Panteras Negras, incluindo café-da-manhã gratuito para crianças, distribuição de comida e sapatos, clínicas de graça, teste gratuito de anemia, teste gratuito de contaminação com chumbo, seguro social para idosos e controle gratuito de animais, sempre vieram de várias fontes. As principais fontes eram pessoas pobres da comunidade, vendedores de rua independentes, e celebridades como Marlon Brando, Richard Pryor, Dick Gregory, Jim Brown, Jimi Hendrix e James Brown.

O declínio no número de membros dos Panteras somente aconteceu depois que o FBI obteve sucesso em dividir a liderança dos Panteras em 1971. Em seu auge, o número de membros era de 5.000 a 7.000 em 1970. Em 1974, várias acusações foram feitas contra Newton, e ele também foi acusado do assassinato de uma prostituta de 17 anos, Kathleen Smith. Newton não compareceu à corte. Sua fiança foi revogada, uma ordem de prisão foi emitida, e Newton então entrou para a lista de ‘mais procurados’ do FBI. Newton violou a ordem e escapou para Cuba, onde passou três anos em exílio.

Em Janeiro de 1977, o líder Jim Jones visitou Newton em Cuba. Depois que Jones voou para Jonestown, na Guiana, Newton falou aos membros da Igreja de Jones em Jonestown por telefone dando apoio a Jones durante um dos cultos. O primo de Newton, Stanley Clayton era um dos poucos residentes de Jonestown que escapou à tragédia de 1978, em que mais de 900 membros da igreja cometeram suicídio, ordenados por Jones. Newton voltou para casa em 1977 para cumprir a pena de assassinato porque, ele disse, o clima nos Estados Unidos estava mudando, e ele acreditava que poderia ter um julgamento justo. Porque a evidência era em sua maioria circunstancial e não sólida, Newton foi absolvido do assassinato de Smith depois de dois julgamentos.

Newton se formou pela Universidade da Califórnia em Santa Cruz, em 1974. Ele então se matriculou como aluno da pós-graduação em História da Consciência na mesma Universidade, em 1978, após ter conseguido (enquanto na prisão) cursos de leitura do biólogo evolucionista Robert Trivers. Ele e Trivers se tornaram amigos próximos. Trivers e Newton publicaram uma análise influente sobre o papel da tripulação na queda do Vôo 90 da Air Flórida. Mais tarde, a viúva de Newton, Frederika Newton, discutiria sobre os trabalhos sempre ignorados de seu marido no programa C-SPAN's "American Perspectives" no dia 18 de Fevereiro de 2006, mencionando que Newton obteve um Ph.D. da Universidade da Califórnia em Santa Cruz em 1980. Sua dissertação de doutorado tinha como título “Guerra contra os Panteras: Um estudo da repressão na América”.

Em 1985, Newton foi acusado por desvio de fundos federais e estaduais para os programas de nutrição e educação da comunidade dos Panteras Negras. Ele foi condenado em 1989. Mais tarde houve rumores de que Newton desviou o dinheiro para financiar seu vício em álcool e drogas. Ele foi voluntariamente para o tratamento de álcool e drogas no centro de tratamento em Alta Bates e completou com sucesso o tratamento quando o colunista da Crônica de São Francisco, Herb Caen, tornou as circunstâncias de Newton, públicas. Sob a pressão de repórteres, Newton deixou Alta Bates prematuramente.

Em 22 de Agosto de 1989, Newton foi fatalmente assassinado na vizinhança de Acorn Projects em Oakland por um jovem de 24 anos, Tyrone Robison. Robison foi condenado pelo assassinato em Agosto de 1991 e sentenciado a 32 anos pelo crime. Relatos policiais dizem que o assassino era um conhecido traficante em Oakland. Foi relatado que Newton e Robison, que se conheciam há dois anos, discutiram devido á quantidade de cocaína e que Robison atirou no antigo líder dos Panteras, então com 47 anos. Robinson argumentou que Newton puxou uma arma quando os dois se encontraram numa esquina da vizinhança, disse o Sargento Mercado, mas os investigadores dizem que não encontraram evidência de que Newton estivesse armado. O assassinato aconteceu em um bairro onde Newton, como ministro da defesa dos Panteras Negras, uma vez tentou implantar programas sociais para ajudar negros sem condições. A polícia informou que Robison disse ter se recusado a vender drogas pra Newton e que os dois discutiram por aproximadamente um minuto. Investigadores acreditam que Newton roubou drogas da gangue.

As últimas palavras de Newton, quando encarando seu assassino, foram, “Você pode matar meu corpo, mas não pode matar minha alma. Minha alma viverá para sempre!” Ele então sofreu três tiros no rosto, saídos da arma de Robinson, que era conhecido pelo nome de rua “Double R”.